A banda Ponto
Nulo No Céu surgiu no ano de 2007 na cidade de Gravatal. Sua formação inicial
era Dijjy Rodrigues(Vocal), Julio Cargnin(Bateria), Henrique(Baixo) e
Vinicius(Guitarra). O intuito sempre foi tocar o que gostassem. O estilo é uma
miscelânea de Metalcore, New Metal, Rap, entre outras vertentes.
Em 2008
lançaram seu primeiro álbum “Ciclo Interminável”, que fora produzido por Adair
Daufembach, e contém seis músicas, “Retrógrado”, “Fim Do Dia”, “Peso Da Verdade”,
“O Sangue Que Te Cega”, “Desconforme” e fecha o disco com “Constante”. Esse foi
um trabalho muito bem recebido pelo público do Metal, e possibilitou abrir
caminhos para os músicos conhecerem além da região sul catarinense, todo o sul
do país, e São Paulo.
No final de
2010 os músicos lançam seu primeiro clipe, da música, que se tornaria anos mais
tarde, o maior sucesso da Ponto Nulo No Céu. “Clarão”, teve a direção de Klaus
Schlickamann, e edição de Julio Cargnin. Hoje o clipe possui 718.000 exibições
no Youtube, tanto reconhecimento se deu pelo bom trabalho, e técnica utilizada
no mesmo.
No mesmo ano, a
banda adquire mais um integrante, André Bresiane(Guitarra), que devido a sua
experiência e musicalidade se encaixou perfeitamente no grupo.
Em 2011 a
PNNC(assim chamada carinhosamente pelos fãs) divulga seu segundo CD, autointitulado
“Brilho Cego”, que teve novamente a
produção de Adair Daufembach, e a edição de Felipe Cruz. O álbum contém 13
músicas, “Brilho”, “Existência Seca”, “Nítido”, “Clarão”, “Ponto Nulo No Céu”, “Penumbra”,
“Subsolo”, “Sem Dor, Sem Vida”, “5:45”, “Peito Aberto”, “Sopro”, “Na Sombra Do
Ego” e “Revolução Mental”. Com certeza, a mudança foi notória para o outro
disco, e esse só consolidou ainda mais a qualidade do som dos gravataenses, que
agora já se apresentavam frequentemente em São Paulo e levando sempre um bom
público.
O videoclipe de
“Sopro” já atinge a marca de 216.000 visualizações, e obteve seu roteiro e
direção por Marcos Blasius, além da edição de Julio Cargnin e produção de
Ariane Melato. Tanto quanto essa canção, o clipe da música “Subsolo” antecede o
lançamento do álbum, e retrata o som Ao Vivo dos músicos, onde foi gravado no
Hangar 110 em São Paulo, e como sempre, os membros da banda enaltecendo as
raízes catarinenses, com a bandeira do estado no palco. Atualmente o vídeo possui
147.000 visualizações.
Mas
infelizmente no final de 2012, alegando outros projetos individuais, e saída de
alguns integrantes, a Ponto Nulo No Céu se licencia das atividades. O show de
despedida aconteceu em janeiro de 2013 no Ventuno Pub, e contou com a abertura
das bandas Novella de Criciúma, Frenezí de Tubarão, e Prólogo de Criciúma. Foi
uma noite memorável, de reflexão por parte dos músicos, e de dissabor por parte
dos fãs.
Dois anos depois,
os músicos voltam à ativa, agora com uma formação diferente. Apenas Dijjy Rodrigues
ficara, e contíguo à ele, juntam-se Felipe Tabooada(Guitarra) e Lucas Tabooada(Bateria)
antigos membros da extinta Prólogo, e Fau(Baixo).
A PNNC divulga
um clipe no fim de outubro, “Fluxo Natural” onde fora gravado no Parque
Municipal De Urussanga, cidade muito querida pelos músicos. Contou com a
produção de Adair Daufembach, edição de Caio Macbezerra(Project 46), e imagem
de Ademir Andrade Jr e Danilo Anastácio. Com a letra iniciando de forma a
anunciar sua volta definitiva, com o mesmo intuito. “Advinha Quem Tá De Volta,
e a Revolta Ainda Não Cessou...”. O videoclipe possui 383.000 visualizações, em
menos de 2 anos de apresentação. Todavia, devido a competência dos membros,
puderam ganhar dois prêmios no Festival Da Música Catarinense, de “melhor banda”
e “melhor videoclipe”.
E o novo single “Nous
Sommes La Résistance” foi apresentado no final de 2014 e possui a dobradinha talentosa
anterior da edição e produção, e obtém 83.000 execuções no Youtube.
No final de
2015 e início de 2016 através da Kickante, os músicos apresentaram sua proposta
para difusão do novo disco por meio de um financiamento coletivo. Obteve-se o
valor necessário e foi um sucesso. Nesse mesmo período estrearam “Telas”, que
foi filmado na bela paisagem da Praia da Armação em Floripa e obtém 178.000
views até o momento. E outra vez Adair Daufembach, mostra toda sua mestria
através das produções.
Enfim lança-se o
terceiro disco do PNNC, “Pintando Quadros Do Invisível”, contendo 12 faixas,
abaixo está a análise de cada música:
A faixa “Por
Entre os Dedos” abre o disco e já vêm carregada de críticas sociais, não
fugindo ao estilo da banda. A letra expressa indignação com a futilidade e
conceitua a relatividade da importância dada não apenas pelo o que nos traz
prazer, mas também sobre enleios cotidianos. A música conta com a participação
do DJ A.N e deixa a mensagem de que “Tudo se vai por entre os dedos, no fim”.
A segunda
faixa, “Horizontal”, propõe a expansão do ser humano. A dilatação da mente, a ampliação das
experiências e o questionamento, estes seriam as bases para evolução da nossa
espécie. O nome da música traz uma analogia às vidas regradas em direções
paralelas.
“Telas”, a
terceira faixa, é o single do disco e com certeza uma das letras que mais
propõe nossa reflexão. O instrumental é marcado por batidas e vocais rápidos,
além da mudança de tom no refrão que torna a música ainda mais marcante.. A
crítica na letra é voltada à alienação da mídia que faz o cidadão abdicar da
indagação, que pode ser considerada o pilar para produção de conhecimento. É
questionado o comodismo em que o ser humano se encontra em relação às
informações repassadas, assim como é citado na letra, “o conformismo é um
vício”.
“Overview
Effect” é a quarta faixa. Em uma tradução literal, o “Efeito de Visão Geral” é
uma experiência relatada por alguns astronautas que consiste na visão tida da
Terra no espaço, onde o nosso planeta é encarado como “pequena esfera de vida”.
A letra em si trata da fragilidade da vida, dos sentimentos que assolam toda
humanidade sem fazer nenhuma distinção. Em suma, produz uma reflexão sobre a
fraqueza do mundo.
A quinta faixa,
denominada “Sob o Mesmo Sol” conta com participação especial de Keops e Raony.
A letra traz a tona de discussão sobre o que recebemos em troca do trabalho
árduo. A crítica é enfatizada principalmente pelo trecho “Somos iguais quando a
necessidade vem”.
“Dormência”, a
sexta faixa tem a participação de Vini Castellari. A letra trata de todo tipo
de entretenimento que entorpece o ser humano, deixando ele em um estado de
dormência por conta da demasiada distração do processo mental.
A sétima faixa
“Ranhura” é instrumental, conta apenas com um pouco mais de 1 minuto e traz um
ritmo mais lento e calmo.
“Norte”, a
oitava faixa, é a letra que mais se diferencia entre as demais músicas do
disco. A música trata do recomeço, do distanciamento em prol da procura por
algo a mais, da cura de uma dor, ou simplesmente da busca por novos riscos.
A nona faixa,
“Estado Surdo da Memória” tem um instrumental marcante, assim como a própria
letra. Esta trata da frieza e da apatia atual do mundo, além do aspecto
individualista que toma cada vez mais conta da nossa sociedade.
A décima faixa
denominada “Conselho De Quem Já Esteve Lá” é uma reunião de experiências
voltadas para o norteamento das ideias. A música é repleta de frases marcantes,
entre elas uma possível referência a Eduardo Marinho (dono do blog Observar e
Absover), homem que veio de uma família de classe média que largou todas suas
conquistas para procurar o sentido da vida. Essa menção estaria presente no
refrão “transformação e movimento pra absorver e observar”.
“De São Paulo a
Xangai”, décima primeira faixa, conta com participação de Caio MacBeserra. A
letra fala sobre a ganância, trabalha-se para satisfação, mas morre-se de se
trabalhar para construir. Assim é formada uma sociedade onde a ética e o
respeito cedem lugar ao ódio.
“O Sonho É Uma
Ilha” é a décima segunda faixa e também a que encerra o álbum. A letra deste
último trabalho carrega um ar introspectivo em conjunto com um instrumental
mais calmo. A música traz puramente a mensagem de uma esperança na soberania do
amor. Propondo que para plena convivência social, basta a aceitação mútua.
A banda esteve no Ventuno Pub em Urussanga dia 28/05/16 apresentando seu álbum á região carbonífera.
Participaram do evento, as bandas Black Days de São Paulo, Mary’s Secret Box e
Hellio Costa ambas de Laguna, e Underworld Secret de Araranguá.
“A grandeza da
banda, denota-se quando em qualquer ambiente que está, seja profissional,
acadêmico, ou mesmo no dia-a-dia há alguém que conhece o grupo, e não é aquele
conhecimento deturpado, e sim o musical, sempre debatendo sobre a qualidade
técnica do instrumental, ou a originalidade, simetria e perfeição nas letras. ”
Guigo Romagna.
As mídias
sociais da banda são:
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