No último final
de semana, aconteceu o Otacílio Rock Festival. A décima primeira edição contou
com dezenove bandas do RS, PR, MG, DF, SP e de SC. Foram divididos por dois dias e em
ambos notou-se uma grande quantidade de pessoas além de apresentações
memoráveis de várias bandas.
A Urussanga
Rock Music juntamente com a excursão que saiu de Criciúma chegou por volta das onze horas na Fazenda Cambará. Ao desenrolar do fest, conseguimos acompanhar a maioria
das bandas. Perante a isso vamos cobrir aquelas em que assistimos durante toda
a apresentação.
A cidade de
Otacílio Costa com pouco mais de 16.000 habitantes está se figurando no Metal
Catarinense. A 11° edição do Otacílio Rock Festival trouxe a tona uma ampla
estrutura, tanto público quanto banda puderam aproveitar-se das atrações que o
fest trouxe, como Open Air, gastronomia vegana, brindes e claro de muito Metal.
A primeira
apresentação foi do grupo Legado Frontal que estava vindo de um hiato. A banda
de Metalcore formada no município já conhece muito bem o festival. Em seu show
expuseram alguns materiais próprios mesclando com cover de bandas conhecidas
pelo público presente.
Logo depois
entrou no palco a Sagrav de Chapecó. O show simplesmente foi destruidor. O
grupo que se apresentou pela primeira vez no evento mostrou que gradativamente
se perpetuará no Metal Catarinense. Zauza e companhia conseguiram mostrar a
todos a força de Chapecó, e na temática da música The Lynching expor a história
sangrenta marcada pelo domínio da Igreja Católica e atrocidades da mesma no
município.
A Vermouth
subiu no palco em seguida. O grupo de Lages-SC deu vida a grandes clássicos do
Rock n Roll e Hard Rock.
Uma das mais
esperadas foi a Axecuter. O grupo paranaense começou com “Attack” fazendo os
headbanger baterem cabeça logo no início. “Raise The Axe” possibilitou uma
grande roda, e nela os músicos mostraram a essência incitando todos a levantar
o machado. Além desses clássicos, a Axecuter na música homônima chamou o “The
Axecuter” para a apresentação artística. No set list não poderiam faltar ainda
clássicos como “In For The Kill” e a “No God No Devil (Worship Metal) ”.
Brutalidade de riffs, seguidos a um vocal cru de Danmented e linhas rápidas na
batera foi um atrativo à parte.
A quinta banda
veio de Porto Alegre-RS. A Losna, subiu ao palco as 17:50 e exibiu o melhor do
Thrash Metal Old School. Clássicos como
“Slowness” e a recente “Back to The Grotto” não deixaram de faltar. As meninas
Fernanda Gomes e Debora Gomes mostraram que o Metal não é um lugar
exclusivamente masculino.
Outra estreante
no evento foi a Older Jack de Pomerode. A banda que possui suas letras em
alemão fez o público cantar junto e tornar a apresentação um verdadeiro
espetáculo, pois misturou os diversos gêneros do Metal. Letras regadas a
cerveja e aventuras, instrumental técnico e vocal afinadíssimo foram
características marcantes no show.
Carregando 30
anos de banda, a Orquídea Negra realmente fez um estrago no OTA. Sua
apresentação fora memorável. Boca,
Robson e companhia relembraram clássicos como “Blood Of The Gods”, “Rainbow Of
The Dark” e “Surrender”. O grupo é emblemático, avassalador e principalmente de
uma qualidade surreal. Tudo isso foi notado perante a movimentação do público.
A banda Rhestus
fez o fest tremer. Clássicos como “Fuck Off”, “Cancer” e “Guerras Insanas” não
deixaram de faltar. Além dessas canções, a banda apresentou novos sons que
farão parte do novo álbum. O grupo manteve a mesma pegada brutal em quase todas
as canções e com toda a experiência fez o que esperava da banda ícone
catarinense.
A brasiliense
Violator era a atração mais esperada da noite e eletrizou o público ao trazer
não apenas o Thrash Metal de qualidade clássico da banda, mas também um
cativante discurso sobre agregação. O show foi embalado por clássicos, como
“Respect Existence Or Expect Resistance”, “Futurephobia” e “Endless Tyrannies”.
Os músicos fizeram questão de expor a ideologia do grupo, frisando que a
Violator sempre apoiará qualquer tipo de minoria. Além disso, o discurso
político feito por Poney (Vocal e Baixo) deixou o público tão extasiado que
logo emergiu um coro em forma de vaias e protestos contra o Deputado Jair
Bolsonaro.
Apesar do grande setlist e das mensagens admiráveis passadas pela banda
o que chamou a atenção foram eventos isolados entre alguns seguranças e o
público. Diversas pessoas da plateia tentaram pular a grade em frente ao palco,
porém foram impedidas pelos seguranças. A banda, que sempre exalta a
necessidade da união, se mostrou contrária a tal atitude e alertou isso aos
seguranças do local. Porém mesmo após as reclamações os seguranças não
recuaram, e o mesmo aconteceu com o público que ao fim do show destruiu a
grade. Essa foi a premissa necessária para que o vocalista descesse do palco e
se juntasse a plateia, que sucumbiu a uma explosão de harmonia e amor à música.
O show foi finalizado em meio a abraços e com direto a crowd surfing.
De Caratinga-MG
surge outra estreante, um Death Metal mesclado ao Thrash. A Venereal Sickness
fez os headbangers se quebrarem com sua potencialidade sonora, o grupo mineiro
começou a apresentação com a nova música “Burning The Laws”, que acabara de
ganhar um videoclipe e estará no próximo disco dos músicos. O cast de oito
faixas, ainda contou com os clássicos “Useless Commanders”, “The Path Of
Execution” e “Human Plague”. A
peculiaridade exibida pela Venereal Sickness fez os fãs mesmo cansados, buscar
energia e disposição das forças mais obscuras possíveis.
Após a
apresentação da banda Veneral Sickness foi a hora da curitibana Imperious
Malevolence entrar em palco. O grupo de Death Metal apresentou um setlist
composto por 10 faixas, sendo iniciado pela homônima “Imperious Malevolence”,
seguidas por “Nihilisticon”, “No Return”, “Priest Of Pestilence”, “Seek For
Mephisto”, “Arquiteto da Destruição” um dos maiores sucessos da banda
juntamente com “Doomwitness” a faixa tocada na sequência. As últimas músicas
apresentadas foram “Where Demons Dwell”, “Ascending Holocaust” e “Perpetuação
da Ignorância”, música que encerrou o show.
A banda mostrou que os 21 anos de estrada só corroboraram com a
ideologia e com a particularidade do som apresentado. O público cantou do
início ao fim, principalmente seu maior clássico, a música “Arquiteto Da Destruição”.
A criciumense
Somberland foi a última atração da noite e representou muito bem o sul do
estado. Mesmo sendo a última banda, boa parte do público se manteve fiel e o
grupo com toda certeza não decepcionou. Este foi o segundo show da banda de War
Black Metal, que deixou claro todo seu profissionalismo somado ao som de
qualidade. Foram apresentadas as músicas do “Dark Silence Of Death” (primeiro
EP lançado pela Somberland) juntamente com algumas das faixas que estarão no
novo álbum. A banda também apostou na teatralidade, em meio a apresentação
subiu ao palco uma pessoa trajada de um hábito negro que esmagou um punhado de
hóstias e jogou-as no chão. O show foi
finalizado com chave de ouro ao som de “Into The Front”, a música mais
conhecida da banda. Consequentemente os músicos mostraram toda a atmosfera
oculta, sombria e maldita que carregam desde o início da horda. E com certeza
se perpetuarão no cenário do Metal Extremo Catarinense.
Obs: Foram perdidas a maioria das fotos do festival. E para sermos imparciais optamos por divulgar a logo ou foto de cada banda. Ao final publicaremos as fotos que conseguimos recuperar.
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