Psicodelia
experimental exteriorizada na música
Como você
definiria o som da John Filme? Responda depois de ler a matéria abaixo:
O grupo
chapecoense iniciou suas atividades em 2010 por músicos que eram amigos de infância,
munidos pelo ideal de transpassar a nostalgia puerícia para uma atividade que
pudessem mutuamente personificar as peculiaridades individuais. Inicialmente ensaiavam
com um baixista Emanuel Perez “Gringo”, contudo com a saída do mesmo,
modificaram para um projeto duo.
O som proposto
pelo grupo é dificilmente caracterizado e rotulado uma vez que os mesmos não se
prendem a estereótipos de estilos. Suas referências iniciais iam de Red Fang,
Queens Of The Stone Age, Death From Above 1979, Kyuss, Red Hot Chilli Peppers
até Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Black Sabbath, The Stooges, Nirvana, Pixies,
etc. Conquanto, os integrantes passaram
por um processo de amadurecimento e esse período permitiu que alternasse as
influências musicais, portanto ingressou no playlist sons fora do mainstream,
como Kurt Vile, Warpaint, Gøggs,
Helvetia, War on Drugs, Sun Kil Moon, Deru, Aphex Twin, Shlohmo, Sonic Youth,
Off!, Ty Segall, Ween, Nine Inch Nails, DZ Deathrays, PWR BTTM, DIIV, Fugazi,
PJ Harvey e grandes outros artistas.
A designação do
nome é simples, porém há um contexto simbólico para os membros Akira e Fernando
já que a cognominação fora baseada em uma brincadeira infantil com a junção dos
dois nomes ao resultado John Filme.
O primeiro
videoclipe foi divulgado antes do disco do grupo. “Dropadeira” tem 03:15 min e
ressalta uma atmosfera psicodisléptica do início ao fim. O vídeo foi uma
parceria entre o grupo e a turma do primeiro período de Produção Audiovisual de
2012 da Unochapecó. Essa união já rendeu mais de 3700 exibições no YouTube.
No ano de 2014 a banda difundiu seu primeiro
material, intitulado Jarontom, que contém 11 faixas, “Saveiro Ome De P.D”, “Evil
Gattysbellow”, “Funky Jazzy Motherfucker”, “Xoyce”, “Pânke”, “Dói em Mim”, “Login
Of Logout”, “Dropadeira”, “Batma”, “Mute Mode Stereo Rock” e “Abismo” todas instrumental
com arranjos distintos. A gravação do álbum aconteceu no Estúdio KLR em Porto
Alegre por Wagner Lagemann e Ricardo Panela.
Um ano depois
movido pela visibilidade positiva perante a crítica ao Full Length, os
chapecoenses lançaram seu novo clipe, dessa vez da canção “Dói Em Mim”. A mesma
possui 04:50 min de sinestesia. A obra teve direção de Roberto Panarotto e já
obtém 2600 visualizações.
Em 2016, “Selfie”
chega para enraizar a banda no cenário musical catarinense. O álbum é composto
por quatro músicas, “Be My Friend”, “Jenimer”, “Mr Socks” e “Sandwishes” já em
formato duo. Vale ressaltar que a abordagem é expressa no EP inteiro através do
conceito “bullying” onde há traços característicos em todas as faixas, mantendo
capa em cada canção dando ênfase ao semblante da pessoa que o sofre. A Demo foi
gravada no Estúdio Garagem 50 em Chapecó.
Nesse ano, a
banda entrou novamente em estúdio e anunciou seu novo disco, “Black Bortolotto”
obtendo quatro canções, “DSRT”, “UOO UOO”, “Castelo Diminutivo” e “GIF”, todas
elas ensimesmadas e mais introspectivas. Sua gravação fora desenvolvida repetidamente
no Estúdio Garagem 50 em Chapecó-SC.
A música “DSRT”
foi congratulada a um videoclipe devido a carga esotérica e hermética
naturalmente identificáveis. Vídeo este produzido de maneira independente pelo grupo.
O mesmo já angaria mais de 685 acessos.
Em fevereiro
deste ano, a banda originou seu quarto clipe, da primeira canção em português, “Castelo
Diminutivo”, durante toda ela, é facilmente identificar alternâncias na
sonoridade e uma sapiência contida na letra. A gravação se deu novamente de
forma independente, todavia com a direção de André Patussi. O vídeo possui 496
visualizações.
A interessante
abordagem sonora assertiva pelos músicos compreende contextos cotidianos vivenciado
no dia-a-dia exemplificando ainda os aspectos culturais, comportamentais e
existenciais.
A banda já
participou de festivais como o Grito Rock Chapecó, Unocultural também em
Chapecó, Infrasound Fuzztival (Florianópolis e Curitiba), Estúdio Costella em
São Paulo e Locomotiva GIG em Piracicaba-SP.
Para o restante
do ano, o grupo tem a ideia de desenvolver um LP (onde os integrantes trocarão
os instrumentos), um EP que já está no processo de finalização e um filme média
metragem produzido pelos integrantes no intuito de expor músicas inéditas e
versões onde estarão atuando e tocando. Além desses materiais, eles lançarão um
Split com parceria da banda Muñoz de Florianópolis prevista para o final do
ano.
A John Filme é
Akira Fukai (Guitarra) e Fernando Paludo (Bateria).
A banda tem um
recado para os leitores do blog:
”Parabéns pelo
empenho e iniciativa, não só do site, mas também dos leitores que estão atrás
de saber sobre a cena underground. Com certeza estão sendo bem recompensados
pela grande quantidade de música de qualidade que vem sendo produzida além do
mainstream e divulgada aqui. Muito obrigado pela oportunidade de sermos vistos
e ouvidos, esperamos poder estar cada vez mais próximos de todos o tempo todo o
ano inteiro para o resto de suas vidas! Precisamos fazer vários shows e vender
várias paradas que a gente vende, então se você quiser ser um apoiador ou
colaborador dessa pantomima de banda, só marque uns shows para nós e compre
umas paradas nossas e curta e compartilhe no Facebook. ”
Plataformas virtuais:
Instagram: https://www.instagram.com/johnfilme/
Facebook: https://www.facebook.com/johnfilme/
Soundcloud: https://soundcloud.com/john-filme
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