Nos dias 16, 17 e 18 de junho aconteceu a terceira edição do Rock in Hell Do Campo no município de Rio
Do Campo.
O evento contou
com 18 bandas, apresentações envoltas da fogueira como pirofagias circenses,
dança e um luau erudito, exposições de carros antigos,
encontro de vinis e ingressão de alguns motoclubes no fest.
Um dos
principais atrativos foi a peculiaridade do lugar uma vez que o camping
era de fácil acesso, com amplo espaço para montar as barracas, chuveiros quentes,
diversidade gastronômicas, exposição de materiais individuais e acessibilidade
aos organizadores Tailana e Cleiton (Falcãozinho).
A Urussanga
Rock Music se deslocou junto da banda de Heavy Metal Plunder de Lages, o
horário e chegada nos possibilitou acompanhar a neblina e névoa sombria sendo
uma das características principais do local, no entanto pedimos desculpas por não conseguir assistir as duas primeiras bandas que se apresentaram, a Brigadeiro Espacial e a Pé de Pantufa.
Ao regressar da
montagem das barracas, fomos surpreendidos com um HC com mesclas de Punk Rock e
Thrash, assim a THC Core de Rio do Sul – SC começara a se apresentar. O último
show do baixista Fabrício apenas personificou a brutalidade e qualidade do
grupo. O show foi marcado por muitas músicas autorais, como “Sociedade Podre”, “Cão
Selvagem” e “Sanguessuga” e com alguns covers que são influência para os
mesmos.
O sábado trouxe consigo sol e com ele começou a chegar mais público, movimentando ainda mais o Rock In Hell Do Campo.
Originária de
Lages, a Plunder deu as caras as 19:00 horas e expuseram o melhor do
Heavy/Thrash Metal. O vocal puro e agudo alternava em cada música, assim como os
riffs céleres de Thomas. Dentre as músicas exibidas, destaca-se a homônima “Plunder”,
“Poor Devil”, um cover de Mercenary Tales (uma das maiores bandas de Lages),
além de outras referências sonoras.
A Balboa’s
Punch deu continuidade ás apresentações. O som proposto foi uma espécie de
Thrash Metal alternado com o Punk. Suas canções apresentadas, “Portrait Of War”
e “Open Season” mostraram a potencialidade e peso que os riosulenses carregam.
Durante o show
dos mesmos, a Vírus HC conseguiu executar três canções e mesmo com o acontecimento trágico com o baixista Marlon que teve sua perna amputada em um acidente de moto, a banda continuou ativa e cada vez mais divulgando o punk rock com suas ideologias.
Inspirados em
música céltica, irlandesa e Folk, a Captain Cornelius advinda de Rio do Sul –
SC colocou o evento inteiro para dançar, beber e se divertir. Suas músicas
muito bem executadas e elaboradas simbolizou o espírito celta e festeiro
presentes em cada pessoa do público.
A Misbehaviour voltou
a tocar em solo catarinense depois de 13 anos e ingressou com uma atração
surpresa, a primeira música “Titans” que obteve a participação da dançarina
Darwin Fiamoncini foi o carro chefe dos músicos. Gilson e companhia oscilaram entre alguns cover e canções
respectivamente autorais como “Scars”, “Positive And Negative” e “Play The Game”.
O grupo destruiu do início ao fim dinamizando grandes moshes.
De Curitibanos –
SC, a Misanthrope tocou os maiores clássicos do death em forma de tributo,
homenageando o incrível vocalista Chuck Schuldiner morto em 2001.
Quem acha que
Garopaba só tem reggae não conhece o som da Eletromotriz. Os músicos tocaram
pela terceira vez no evento e como de costume expuseram o melhor do Stoner
Metal que expressam muito bem através dos riffs rápidos e intensos. As canções
expostas foram apenas autorais, “Serial Killer”, “Queda Livre”, “Até Quando” e
outras músicas novas apresentadas.
A estreante nos
palcos é oriunda da capital paranaense, a Lacrimae Tenebris fechou a noite com
um Doom carregado e arrastado, mantendo a qualidade e técnica como
predominância. Dentre as canções expostas, todo o setlist de autorais com
apenas uma música cover de Paradise Lost. Timóteo, ex integrante da Nomen Eius,
conseguiu usar das expressões artísticas sombrias e fúnebres, uma sonoridade
surreal e composições repletas de situações misantrópicas.
Após o
encerramento do palco principal, integrantes da organização prepararam a super fogueira e iniciou-se as exibições ao redor da mesma. A primeira apresentação
partiu de Tailana e Darwin Fiamoncini onde nos expuseram a magia da dança e
pirofagias.
Ao término da demonstração,
Daniel Muller e Siddharta nos embelezaram com cantos do galego português, do
espanhol erudita e das canções renascentistas explicitando de maneira medieval o som do Duo Arcanum.
A Dannah de
Kayla novamente com a Darwin foram as últimas apresentações da fogueira. O
enaltecimento da essência feminina, o conhecimento sapiente dos ancestrais
aliado a danças encantadoras conseguiram prender a atenção e interação de todo
o público.
Na manhã do domingo, a Tosse Harmônica de Rio Do Sul – SC acordou a todos com seu Rock n Roll em tom humorístico. Os músicos exibiram algumas músicas autorais, destaque para “De Uma Jam Te Copiei” e “Harmonic Cough”.
A segunda
atração veio de Florianópolis, O Bonde Do Metaleiro expôs suas letras caracterizadas
com tom sarcástico, satírico e de diversão levantando toda a galera presente no
evento. No início da apresentação houve uma queda de energia, porém isso nada
atrapalhou a exibição dos manézinhos zueiros que incendiaram com seus sons já
conhecidos como “Hino dos Virjão”, “Diferentona” e “Fuck You Haters”.
Outra banda
curitibana do evento foi a Cassandra. Os paranaenses eram uma das atrações mais
esperadas do fest e durante a apresentação não decepcionaram. Toda a
pluralidade musical foi exposta, desde o Stoner/Doom até o Experimental e Dark
Ambient. Em relação as músicas difusas, destaca-se para a ornamentação das
composições em estilo anacrônico e catastrófico tendo como base as previsões da
figura mitológica grega. O duo Karina e Daniel nos expuseram de forma autoral,
esse misticismo linear musical.
Para encerrar
as apresentações, Mateus Régis trouxe o melhor dos covers em forma acústica.
O saldo final
foi positivo, pessoas advindas de vários estados puderam desfrutar de um
ambiente agradável, com boa música, com pessoas educadas e respeitosas além das
excelentes apresentações. Fica nosso agradecimento ao pessoal da organização,
das bandas, das mídias, dos fotógrafos e de todo público em geral. Esperamos
que em 2018 o festival volte a acontecer, com o mesmo empenho, dedicação e
profissionalismo habitual do Rock In Hell Do Campo.
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