terça-feira, 20 de junho de 2017

III Rock In Hell Do Campo (Resenha)

Nos dias 16, 17 e 18 de junho aconteceu a terceira edição do Rock in Hell Do Campo no município de Rio Do Campo.



O evento contou com 18 bandas, apresentações envoltas da fogueira como pirofagias circenses, dança e um luau erudito, exposições de carros antigos, encontro de vinis e ingressão de alguns motoclubes no fest.

Um dos principais atrativos foi a peculiaridade do lugar uma vez que o camping era de fácil acesso, com amplo espaço para montar as barracas, chuveiros quentes, diversidade gastronômicas, exposição de materiais individuais e acessibilidade aos organizadores Tailana e Cleiton (Falcãozinho).

A Urussanga Rock Music se deslocou junto da banda de Heavy Metal Plunder de Lages, o horário e chegada nos possibilitou acompanhar a neblina e névoa sombria sendo uma das características principais do local, no entanto pedimos desculpas por não conseguir assistir as duas primeiras bandas que se apresentaram, a Brigadeiro Espacial e a Pé de Pantufa.

Ao regressar da montagem das barracas, fomos surpreendidos com um HC com mesclas de Punk Rock e Thrash, assim a THC Core de Rio do Sul – SC começara a se apresentar. O último show do baixista Fabrício apenas personificou a brutalidade e qualidade do grupo. O show foi marcado por muitas músicas autorais, como “Sociedade Podre”, “Cão Selvagem” e “Sanguessuga” e com alguns covers que são influência para os mesmos.




O sábado trouxe consigo sol e com ele começou a chegar mais público, movimentando ainda mais o Rock In Hell Do Campo.


Originária de Lages, a Plunder deu as caras as 19:00 horas e expuseram o melhor do Heavy/Thrash Metal. O vocal puro e agudo alternava em cada música, assim como os riffs céleres de Thomas. Dentre as músicas exibidas, destaca-se a homônima “Plunder”, “Poor Devil”, um cover de Mercenary Tales (uma das maiores bandas de Lages), além de outras referências sonoras.




A Balboa’s Punch deu continuidade ás apresentações. O som proposto foi uma espécie de Thrash Metal alternado com o Punk. Suas canções apresentadas, “Portrait Of War” e “Open Season” mostraram a potencialidade e peso que os riosulenses carregam.




Durante o show dos mesmos, a Vírus HC conseguiu executar três canções e mesmo com o  acontecimento trágico com o baixista Marlon que teve sua perna amputada em um acidente de moto, a banda continuou ativa e cada vez mais divulgando o punk rock com suas ideologias. 




Inspirados em música céltica, irlandesa e Folk, a Captain Cornelius advinda de Rio do Sul – SC colocou o evento inteiro para dançar, beber e se divertir. Suas músicas muito bem executadas e elaboradas simbolizou o espírito celta e festeiro presentes em cada pessoa do público.




A Misbehaviour voltou a tocar em solo catarinense depois de 13 anos e ingressou com uma atração surpresa, a primeira música “Titans” que obteve a participação da dançarina Darwin Fiamoncini foi o carro chefe dos músicos. Gilson e companhia oscilaram entre alguns cover e canções respectivamente autorais como “Scars”, “Positive And Negative” e “Play The Game”. O grupo destruiu do início ao fim dinamizando grandes moshes.




De Curitibanos – SC, a Misanthrope tocou os maiores clássicos do death em forma de tributo, homenageando o incrível vocalista Chuck Schuldiner morto em 2001.



Quem acha que Garopaba só tem reggae não conhece o som da Eletromotriz. Os músicos tocaram pela terceira vez no evento e como de costume expuseram o melhor do Stoner Metal que expressam muito bem através dos riffs rápidos e intensos. As canções expostas foram apenas autorais, “Serial Killer”, “Queda Livre”, “Até Quando” e outras músicas novas apresentadas.




A estreante nos palcos é oriunda da capital paranaense, a Lacrimae Tenebris fechou a noite com um Doom carregado e arrastado, mantendo a qualidade e técnica como predominância. Dentre as canções expostas, todo o setlist de autorais com apenas uma música cover de Paradise Lost. Timóteo, ex integrante da Nomen Eius, conseguiu usar das expressões artísticas sombrias e fúnebres, uma sonoridade surreal e composições repletas de situações misantrópicas.




Após o encerramento do palco principal, integrantes da organização prepararam a super fogueira e iniciou-se as exibições ao redor da mesma. A primeira apresentação partiu de Tailana e Darwin Fiamoncini onde nos expuseram a magia da dança e pirofagias.
Ao término da demonstração, Daniel Muller e Siddharta nos embelezaram com cantos do galego português, do espanhol erudita e das canções renascentistas explicitando de maneira medieval o som do Duo Arcanum.




A Dannah de Kayla novamente com a Darwin foram as últimas apresentações da fogueira. O enaltecimento da essência feminina, o conhecimento sapiente dos ancestrais aliado a danças encantadoras conseguiram prender a atenção e interação de todo o público.





Na manhã do domingo, a Tosse Harmônica de Rio Do Sul – SC acordou a todos com seu Rock n Roll em tom humorístico. Os músicos exibiram algumas músicas autorais, destaque para “De Uma Jam Te Copiei” e “Harmonic Cough”.




A segunda atração veio de Florianópolis, O Bonde Do Metaleiro expôs suas letras caracterizadas com tom sarcástico, satírico e de diversão levantando toda a galera presente no evento. No início da apresentação houve uma queda de energia, porém isso nada atrapalhou a exibição dos manézinhos zueiros que incendiaram com seus sons já conhecidos como “Hino dos Virjão”, “Diferentona” e “Fuck You Haters”.




Outra banda curitibana do evento foi a Cassandra. Os paranaenses eram uma das atrações mais esperadas do fest e durante a apresentação não decepcionaram. Toda a pluralidade musical foi exposta, desde o Stoner/Doom até o Experimental e Dark Ambient. Em relação as músicas difusas, destaca-se para a ornamentação das composições em estilo anacrônico e catastrófico tendo como base as previsões da figura mitológica grega. O duo Karina e Daniel nos expuseram de forma autoral, esse misticismo linear musical.



Para encerrar as apresentações, Mateus Régis trouxe o melhor dos covers em forma acústica.


O saldo final foi positivo, pessoas advindas de vários estados puderam desfrutar de um ambiente agradável, com boa música, com pessoas educadas e respeitosas além das excelentes apresentações. Fica nosso agradecimento ao pessoal da organização, das bandas, das mídias, dos fotógrafos e de todo público em geral. Esperamos que em 2018 o festival volte a acontecer, com o mesmo empenho, dedicação e profissionalismo habitual do Rock In Hell Do Campo. 

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