Representatividade
feminina no Punk/HC
Em julho de 2013
na cidade de São Paulo, amigas se reuniram para elaborar um projeto que frisasse
o descontentamento e a revolta em relação a qualquer atividade preconceituosa
contra os negros, as mulheres, os homossexuais, os indígenas, os imigrantes ou
qualquer tipo de minoria, assim fora formada a Ratas Rabiosas.
A banda possui
influências de várias ramificações da música, desde o tradicional Samba Raiz,
Rap, Hardcore, Punk Rock, Grind, Crust e Metal Punx. Elas classificariam o
trabalho feito como uma mescla entre essas peculiares vertentes.
O nome “Ratas
Rabiosas” se deu ao fato da relevância da palavra, ou seja, os ratos assim como
os punks são marginalizados e excluídos da sociedade, além de viver no
submundo, nos esgotos e nas vielas. Portanto, por essa situação caótica, as meninas
usam da respectiva raiva/som para usar como protesto e como uma ferramenta de
guerrilha. Então toda a crueza e rispidez do som personificam o desagrado das
mesmas com a situação social onde estão inseridos. Contudo, a outra referência
do nome advém de uma música do grupo Eskorbuto.
No mesmo ano de
formação do grupo, lançaram a primeira demo gravada de maneira independente e
DIY, intitulada “Ratas Rabiosas” o qual contém quatro faixas, “A Minoria é a
Maioria”, “O Punk Vai Morrendo”, “Quem Aperta o Gatilho? ” e “Anti–Capitalista”.
Em 2014
participara de uma coletânea produzida pela banda paulista Útero Punk
denominada “Mulheres Em Perigo” donde a Ratas Rabiosas duas canções inéditas, “A
Culpa Não É Minha” e “Kings É O Caralho”. Vale ainda ressaltar, o Tributo ao
SUB gravando a música “Buracos Suburbanos” da banda Psykóze.
O primeiro
videoclipe difundido foi do single “A Culpa Não É Minha”. A mesma traz 02:03
min de ferocidade e pressão no instrumental rápido. A letra é um grito contra o
machismo e misoginia enrustido na sociedade que culpa a vítima de estupro ao
invés do praticante do ato.
Recentemente
divulgaram o clipe da canção “Larguei Meu Marido” que traz novamente riffs céleres
e gritos incessantes no vocal, além é claro da forte mensagem do empoderamento
feminino.
Atualmente a
banda está em estúdio no desenvolvimento de mais sons.
As características
das composições são marcadas por questões sobre o feminismo, violência policial,
desigualdade social, corrupção, imigração e todas as pendências que o homem
gera perante o pensamento e ações de desequilíbrio que ele mesmo causa. Contudo,
o grupo explicita a visão das mulheres da periferia de uma grande metrópole que
passam essas situações diariamente. O som é isso, sem conto de fadas, sem romantização,
apenas o punk cru e árduo, a ideologia a favor das minorias que cotidianamente
sofrem com esses demasiados preconceitos enraizados na sociedade hipócrita que
estamos inseridos.
A Ratas
Rabiosas lida com evento de maneira igual, seja os de maior notoriedade ou mais
os mais undergrounds. Tudo é na base “Faça Você Mesmo”, e cada manifestação de
festivais ou shows ajuda a transpassar ainda mais as ideologias expressas do
grupo.
Formação Atual:
Amanda (Guitarra
e Voz)
Angelita (Baixo
e Voz)
Lary (Bateria e
Voz)
A banda tem um
recado:
“Apoie as
mulheres do undergroud, mas apoie verdadeiramente, sem distinguir, descriminar
ou restringir. Unidas somos mais fortes! ”
Plataformas
Virtuais:
Facebook:
https://www.facebook.com/RabiosasRatas/
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