Desde 2013 fora
dos palcos, a Dinossauro sempre levou centenas de fãs às apresentações que
faziam. O quarteto Luiz Roque, Alison Ronsani, Beto Roque e Lucas Ronsani
estabilizou a formação do grupo que já contou com o baixista Marcos Keller.
Shows ao lado de Cachorro Grande, Cartolas e Identidade personificaram a
trajetória profissional do grupo criciumense.
O EP “Á Galope”
lançado em 2008 traz sete músicas incluindo, a bônus “Sóbria Melodia” e dois
vídeos sendo um da mesma e também da canção “I’ve Tried To Hear It”. Dos mais
de sete anos de banda, que começara em 2016, a Urussanga Rock Music foi um
veículo midiático que sempre divulgou os respectivos trabalhos dos dinossauros
criciumenses. E através disso, fizemos uma homenagem ao resenhar, faixa a
faixa, o disco que marcou o indie criciumense:
A rápida “Sem
Anos de Perdão” segue um instrumental constante perambulando caminhos
britânicos da sonoridade. Em sua canção expressa-se uma inconformidade
relacionada a dúvidas e questionamentos cotidianos sobre a vida (o fato de ela
ser dura para alguns).
Uma das
melhores na minha opinião é a queridinha “Queen Bee”. O instrumental possui um
solo frenético e alternado com uma atmosfera diferente da primeira faixa. A composição é marcada por traços de um relacionamento
amoroso e suas respectivas conturbações além das indagações do sujeito a
respeito da apatia mundial.
Estilo remetido
ao clássico Rock n Roll, “Criaturas” adentra numa mescla musical com o precioso
Indie. A sonoridade exposta de maneira mais rápida ganha uma peculiaridade a
mais na canção. A mesma caminha para um lado romântico distópico da vida com o
qual exibe-se em forma de inconfidências, mentiras e enganações.
Cadenciada em
grande parte, a homônima “Á Galope” possui um refrão célere e intenso. O enredo
dela busca enfatizar o trabalho e a vida de uma pessoa que não aguenta mais a
jornada laboral fatigante, a hipocrisia da sociedade e acha uma maneira para
ludibriar esses tais obstáculos como “trocar aquele disco que você já ouviu, milhões
de vezes”. Isso evidencia a rotina de muitas pessoas no meio musical
underground.
Com 01:49 min,
a única instrumental “6:42” tem uma sonoridade incomum devido a sólida
alternância de riffs.
Outra faixa destaque
nos shows “Au-Uau” marca um ritmo dançante, com solos distintos e uma vasta musicalidade
abrangendo vertentes diferentes. A sua letra é caracterizada por buscas frequentes
de ideias que deram erradas no passado, contudo estão a se desenvolver novamente
no futuro.
O hit do grupo,
a bônus “Sóbria Melodia” sempre foi uma das mais pedidas do público. Com um
instrumental lento, técnico e alternado, a música personifica a qualidade
musical da banda. A metáfora da melodia com a vida sobressalta com uma bela
história de amor baseada em nostalgias, emoções e desprendimento de opiniões de
terceiros.
O disco foi
gravado no Estúdio TNS por Lucas Storer, mixado por Adair Daufembach, com
fotografia por Alice Linck e arte por Eloisa Honorato.
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