No último final
de semana aconteceu o IV Iceberg Rock Festival (Open Air). Os organizadores
Marcos Valério e Lu Oliveira predestinados a surpreender o público novamente
trouxeram grandes atrações, algumas inéditas, outras já conhecidas e umas que levantaram o palco do evento.
E por falar em
paisagem, o Camping Paraíso é um verdadeiro cenário deslumbrante. Lá
encontra-se uma parte do Rio Itajaí Açu (Um dos Maiores de SC), uma piscina
gigante, um amplo espaço para acampamento, chuveiros elétricos, bangalôs e tudo
de mais belo que a natureza nos proporciona.
O dia de
sexta-feira começou corrido, tanto para o público, quanto para às bandas, de
nada a forte chuva atrapalhou, pois, todo o campo ficou coberto de lama, o que
deixou ainda mais extasiados os metalheads e headbangers presentes. A primeira
banda a se apresentar apenas personificou a distinção dos estilos presentes no
saudoso ICE, a Deeroots de Rio Do Sul – SC regionalizou Lontras com cover de
Dazaranha e John Bala Jones além de suas canções autorais, como “De Boa Na
Lagoa” que recentemente angariou um clipe no YouTube.
Em seguida, a
Tosse Harmônica mesclou Punk, Hardcore e Rock N Roll através de suas músicas ímpares
e icônicas. O frissom foi tomado e o público viu de perto a performance do
guitarrista Jhonatan e seus riffs céleres como a Johnny B Good do Chucky Berry
e também, o clássico dos riosulenses “De Uma Jam Te Copiei”. Assim foi o show
dos músicos, alternando entre cover e autoral, entretanto expondo para todos a
musicalidade peculiar da Tosse.
A Tanger Tap
fez juz ao lema do Iceberg, “Feito Por Quem Gosta Para Quem Gosta de Rock” devido
às suas releituras clássicas da música, nomes como The Doors, Pink Floyd, Buddy
Guy, Ozzy Osbourne, Led Zeppelin e até Celso Blues Boy não faltaram no
repertório da terceira banda de Rio Do Sul – SC a tocar. Outro ponto a ser
levantado é a voz rouca e sólida do vocalista Marcio Cardozo que impressionou os
presentes.
Sábado nasceu o
sol em Lontras e os headbangers foram lavar suas roupas totalmente cheias de
lamas e também é claro desfrutar-se da extensa piscina. Nós da Urussanga Rock
Music perambulamos o festival e encontramos pessoas notórias para o Metal
Catarinense, uma delas é a Vanessa Boetcher, uma frequentadora assídua e
escritora da mídia independente Cultura Em Peso que também estava a fazer a
cobertura sobre o evento.
O festival também
contou com acústicos em um segundo palco ao lado do bar. E o primeiro músico a
dar as caras foi Pedro D’Almada, assim seguido por Flavio Jofrée e Paninho de
Roupa Velha. As três apresentações foram díspares, enquanto o primeiro
apresentou mais músicas autorais, o segundo exibiu uma performance acústica que
relembrou clássicos como Blues Etílicos, Raul Seixas, Zeca Baleiro e Nando Reis
e o trio que fechou às apresentações do Palco 2 nos mostrou a preciosidade do
Rock n Roll clássico como Led Zeppelin e The Doors.
A chuva caiu novamente
de forma torrencial e nós tentamos se abrigar perto da barraca e com isso
perdemos uma das atrações mais esperadas que consistia na Um-Banda, o qual um
rapaz era um multi-instrumentista que interagia com o público mostrando todas
as características de seu estilo inovador e que constitui em transpassar a arte
através de uma roda que aos poucos entrava no clima do espetáculo.
Um dos momentos
mais aguardados foi quando houve uma reunião de produtores de festivais de todo
o estado, que haviam se deslocado até lá com o intuito de decidir o futuro do
Rock/Metal do estado. O guitarrista da banda Khrophus, Adriano Ribeiro exibiu
um projeto de uma associação de organizadores que mantém o propósito de
formalizar uma verdadeira união em prol do estilo. Ou seja, a pauta focou-se na
exposição dos “gargalos” dos festivais e de suas soluções e de como SC poderia
se tornar o estado dos festivais de Metal. Muitas opiniões, detalhes e ideias
foram ouvidas, porém todas as mesmas serão gradativamente divulgadas pelos
presentes associados. Na reunião estavam além de nós, os organizadores Adriano
Ribeiro (Khrophus, River Rock), Ariel Frenzel, Larissa, Regiane e Adilson
Frenzel (River Rock), Danniel Bala (Agosto Negro, Laguna Metal Fest e Tubarão
Metal Fest), Denilson Luis Padilha e Elienai Souza (Otacílio Rock Festival),
Nani Poluceno (Também integrante do Otacílio e do SC Metal Fest), Simone (Demone
In Hell), Marcos Valério (Iceberg Rock), Cleiton Falcaozinho e Tailana Furni
Torres (Rock In Hell Do Campo), Thomas Michel Antunes (Santana’s Sunday) e Dorneles Pereira, Douglas e Henrique (Um dia
Livre Rock Festival).
A todo vapor
seguiu-se o festival, a Soulthern mostrou ser um dos prodígios do Heavy/Thrash
Metal do estado. Com majoritariamente de suas canções reproduzidas de forma
autoral, tais como “Pillage The City”, “Midnight Wild”, “Christine The Killer”
entre outras. Os brusquenses nos apresentaram o caos e a destruição através do instrumental
técnico e conciso evidenciado em cada riff reproduzido.
Logo em seguida subiu aos palcos a banda Código de Bar, originária de Schoreder. Os músicos apresentaram covers de diversos nomes clássicos do Rock n Roll, como AC/DC, Raimundos e Velhas Virgens. A banda chamou atenção especialmente por tocar uma versão do clássico sertanejo "As Andorinhas".
Logo em seguida subiu aos palcos a banda Código de Bar, originária de Schoreder. Os músicos apresentaram covers de diversos nomes clássicos do Rock n Roll, como AC/DC, Raimundos e Velhas Virgens. A banda chamou atenção especialmente por tocar uma versão do clássico sertanejo "As Andorinhas".
Pela segunda
vez o Krucipha se apresentou no ICE e novamente os paranaenses realmente devastaram
o Camping Paraíso. Com uma mistura de Groove Metal e Death/Thrash Metal, os
músicos praticamente só apresentaram canções próprias, tais como as
tradicionais “FOMO”, “Acceptance” e “Reason Lost”. Um dos destaques do show foi
quando o vocalista André Nisgoski da banda Macumbazilla subiu ao para cantar a
canção “Bureaucrap” ao lado de Fabiano Guollo. Do outro lado, os fãs realmente
faziam rodas destruidoras somadas ao barro, a agressividade dos riffs e aos
moshes avassaladores.
A Captain
Cornelius trouxe consigo seu som característico, e é claro, os singulares trenzinhos e danças que não podem faltar em uma noite de show. Os músicos mostraram para todos os bebuns, a magia, diversão e descontração
através das suas releituras Folk Metal de clássicos como Dropkick Murphys,
Korpiklaani, Flogging Molly, Paddy And The Rats, Matanza, entre outras bandas. Durante
a apresentação dos riosulenses, a violinista Tamiris Battisti pôde agregar à
sonoridade do grupo uma vez que a mesma fez uma grande performance no show
inteiro.
Enfim, subiu ao
palco um dos grupos mais esperados. A Motorocker fez seu primeiro show no fest
e relembrou grandes clássicos do Rock n Roll brasileiro como “Rock Na Veia”, “Homem
Livre”, “Igreja Universal do Reino do Rock”, “Blues do Satanás”, entre outras canções.
Os paranaenses fizeram um show extenso, movimentando todo o público,
interagindo com os headbangers e expondo toda a espontaneidade já conhecida dos
músicos.
Acendeu-se uma
fogueira e mulheres ciganas trouxeram suas canções peculiares. A Dannah de
Kayla em uma de suas vertentes exibiu-nos um encantamento e uma magia surreal
ao reproduzir canções diferentes, porém que casavam muito bem com o clima.
Todas as pessoas presentes na roda puderam desfrutar e dançar com as músicas
que as curitibanenses tocavam. Foi simplesmente encantador ver em plena
madrugada depois de um dia grande com várias atrações, o público mutuamente
participando da apresentação.
No domingo, nós
deslocamo-nos para Lages ainda cedo e isso impossibilitou de vermos a última
apresentação, que seria da banda Groove Brothers de Rio do Sul – SC no Palco 2
(Acústico).
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