A Nekrós é um dos
grupos mais antigos de Criciúma. O grupo surgiu em 2001 com o intuito de
resgatar a essência de bandas setentista e oitentista do Heavy Metal. Eles
carregam em sua vasta trajetória, uma épica apresentação juntamente com Eric
Martin em Pomerode - SC em 2008, além da classificação no ano de 2011 para o Wacken
Metal Battle, o qual vencera a etapa catarinense.
Os músicos no
ano passado concluíram um novo passo para a Nekrós, o lançamento do primeiro
full length denominado “A Candle In The Dark”, produzido de maneira
independente e que possui sete faixas, sendo elas, “The Candle”, “Brutal
Corporation”, “Kind Of”, “Exodus”, “Blank Slate”, “Holocaust” e “The Base”.
A primeira
faixa é “The Candle” e rapidamente pode-se observar um nítido instrumental
técnico alternando dentre os primeiros minutos da canção. Com 01:02 min, os
vocais sólidos de Pablo Cardozo complementam a sonoridade e acentua-se através
do refrão “Asking for an answer, all knowledge rises high, wisdom made of lies,
comes to surround our life...” E por falar na composição, a letra questiona a
forma com que as pessoas lidam com seus respectivos problemas, ao enfatizarem “deuses”
como catalisadores dos mesmos, enquanto ficam à espreita e se afastam do
conhecimento e da indagação ao continuarem a viver essa mentira “divina”.
De forma
cadenciada, inicia-se a segunda faixa, “Brutal Corporation”. Novamente é
notória a agudez e afinação das técnicas vocais de Pablo que com os riffs agressivos
de Rob Brigido entram num caos surreal. Como não lembrar da faixa antiga dos
criciumense “O Lado Negro da Face Escura da Morbidez Humana” a qual possui uma
similaridade com a segunda faixa, já que a mesma expõe no verso “Go back home,
tired mind, your work’s come to an end, go back home, tired mind, make another
plan...” toda a misantropia e ódio das mentes insanas da Corporação Brutal.
“Kind Of”
possui uma atmosfera peculiar ao tratar metaforicamente a ascensão da
tecnologia através do sistema de software com toda a população mundial e seus
respectivos “vírus” (supracitada como a religião) que paralelamente aos do
computador atravancam a evolução e o desenvolvimento científico e psicológico.
A sonoridade é caracterizada por manter riffs explosivos e céleres.
A quarta faixa “Exodus”
difere-se das demais, porque em sua intro angaria versos da música “Dezessete e
setecentos” do cantor Luiz Gonzaga. O ritmo do baião dançante se configurou ao
Metal, já que com a junção dos mesmos denotou-se a pluralidade rítmica, todavia
ao decorrer da canção os riffs ríspidos e agressivos foram transparecendo. O que casa muito bem com a composição da música, uma vez que a letra
personifica uma realidade social desfavorecida e desigual que motiva o indivíduos
a procurar meios de sobrevivência alternativos.
Consequentemente
uma das melhores do disco, “Blank Slate” tenta nos impulsionar a indagar sobre
questões humanas, ou seja, ressaltar os problemas atuais pútridos da sociedade,
a disparidade da evolução e do crescimento em demasiado lugares e o retrocesso
sociocultural em outros, o que impede a evolução pessoal e coletiva. A música
traz o Heavy Metal clássico e riffs constantes e técnicos que vai ganhando peso
a cada nota.
Veloz,
catastrófica e rápida, assim são caracterizados os riffs da canção “Holocaust”
juntamente com um coro pujante no refrão. A canção de forma direta exibe as
mazelas da intolerância, do ódio, do genocídio, do antissemitismo através de
holocaustos simbolizados pelo cristianismo.
Encerrando o
disco, “The Base” é uma das mais pesadas dos mesmos, não só pelo instrumental que
expõe uma sonoridade atroz, técnica e violenta, também pela introdução que
mostra trechos do cotidiano do cidadão comum que acompanha jornais policiais
como instrumentos de opressão, futebol, cerveja e veículos de imprensa
tendenciosos. No seu corpo, a canção exibe como “A Base”, a inércia do
indivíduo acomodado com sua pacata vida.
A banda se apresentará sábado no Metal Open Air em Criciúma. O evento acontecerá no próximo sábado (17) e contará ainda com as participações das bandas Silent Empire, Skombrus, Khrophus, Captain Cornelius, Norium, entre outras bandas.
A Nekrós é
composta por:
Pablo Cardozo
(Vocal)
Robson Brigido
(Guitarra)
Leandro Camelo
(Baixo)
Patrício Junior
(Bateria)
Plataformas
Virtuais:
Facebook: https://www.facebook.com/nekrosband/
Metal Archives: https://www.metal-archives.com/bands/Nekr%C3%B3s/69280
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