Os criciumenses do O Mundo Analógico lançaram no dia 23 de fevereiro
seu segundo disco de estúdio. O álbum intitulado de “O Recomeço de Tudo” possui
12 faixas que mesclam o Ska característico da banda com Reggae e Rap.
A arte do álbum se destaca pelo excelente trabalho gráfico,
retratando um Lampião do Século XXI através de elementos que exibem o caos
social, como notas de dinheiro, queima de igrejas e o Palácio do Planalto. A
simbologia da capa pode ser lida como a destruição da sociedade atual, para que
assim seja possível um recomeço.
O material contou com a gravação e produção no estúdio Pé
do Morro e IMGN, sendo mixado e masterizado por Lucas Taboada. Acompanhe a
baixo a resenha de cada uma das faixas:
“El Temido Pistolero Mustafah” é a faixa introdutória do
álbum. Em sua curta duração, a mesma traz elementos díspares entre o
instrumental e seus poucos versos.
A canção “Uma Só Voz” transpassa uma conexão com a clássica
“SkaCity”, visto que ambas possuem similaridades, que vão desde alguns versos
até seu âmago nostálgico. Além disso, a segunda faixa estinga a coletividade e a
perseverança através de versos que fomentam a união. Em sua sonoridade há uma
presença constante dos metais com riffs puramente cadenciados.
“O Muro”, primeiro single lançado, questiona a dualidade
representada por um Muro que nos afasta, e faz com que as pessoas se desviem e
contentam-se com a destruição mútua. A canção é totalmente diferente em relação
à sonoridade das demais músicas conhecidas do grupo, devido ao instrumental
alternar entre riffs lentos, arrastados, ritmado ao Rap, Ska e Reggae e
apresentando celeridade no refrão.
“Hora de Mudar” traz a participação do rapper Cal Will (que
já trabalhou com o grupo na canção “Nostalgia”). O instrumental, assim como a
faixa anterior, abrange Reggae e Hip Hop alternando com batidas de big beat. Carregada de críticas sociais,
faz analogia ao atual sistema político, a culpabilização da classe baixa e
aponta como alternativa a esse cenário a ação popular.
Com menos de três minutos de música, “Não se Prenda” traz
um ritmo dançante e frenético ao álbum. Possuindo instrumentais harmônicos, a composição
frisa a intensidade cotidiana e o desprendimento de opiniões alheias.
A sexta faixa “Siga”, mescla o Ska tradicional e o Roots,
já que os mesmos possuem instrumental rítmico. A letra possui um teor sentimental
ao ressaltar o aprendizado adquirido através das experiências cotidianas, como
é citado no trecho “...nos olhos de quem me ensinou a ser o melhor de mim”.
Considerada uma das melhores do disco, “A Paz Que Abraçou o
Amor” se destaca pela leveza da sua sonoridade, evidenciada na sutileza do
instrumental. A sétima faixa enfatiza um romance através de analogias a
elementos da natureza que catalisam uma ausência.
Personificada pela celeridade de seu instrumental “Plante Uma
Ideia” traz à tona o Reggae típico do grupo. Contando com a participação de
Leonardo Cardoso Maciel a composição da faixa trata sobre liberdades individuas
e emancipação mental.
Introduzida através de um monólogo, a faixa “Rema” alterna
entre o Reggae e riffs mais agitados intensificados no refrão. A letra da mesma
carrega o otimismo habitual presente nos sons da banda, enfatizando os ensejos
que a vida proporciona.
Uma das mais pesadas do álbum, “Adiante” intercala entre o
Ska do O Mundo Analógico e o Metal Alternativo da Ponto Nulo No Céu. Através
dessa mescla, o instrumental alcança uma singularidade rítmica somada a composição
que traz críticas ao comodismo ao expor versos de revolta. E a partir disso “sobre
os escombros na reconstrução” emerge a esperança.
“Deixa O Sol Se Pôr”, assim como próprio título explicita,
traz em sua letra uma mensagem de liberdade, carregada de positividade e amor.
O instrumental tranquilo combinado com os metais característicos, faz com que a
música apresente uma singularidade ao abordar de forma cativante temas
corriqueiros. Como, por exemplo, deixar o sol se pôr para que "o vento
traga de novo a alegria de estarmos juntos num momento bom", como é citado
no refrão. O tom de tranquilidade presente na canção se acentua na doce voz de
Karoline Calegari, que faz uma participação nos vocais.
O álbum é encerrado pela faixa “D.F.B” que reforça a
mensagem de união, derrubando fronteiras através da música que tem como
proposito tratar uníssona a voz popular. A sonoridade se destaca pelos batuques
e transformações sonoras, indo desde o Reggae Roots ao Pop, com riffs ricos, técnicos
e encorpados.
“O Recomeço de Tudo” já está disponível nas plataformas de
streaming (Spotify, Deezer, Itunes e YouTube).
O Mundo Analógico é:
Rafael Ronchi (Vocal), Jonas Roque (Guitarra), Victor
Rafael (Baixo), Gilson Naspolini (Bateria), Marc Furtado (Guitarra) e Rodinei
Albano (Trompete).
Plataformas Virtuais:
Facebook: https://www.facebook.com/omundoanalogico/
Soundcloud: https://soundcloud.com/omundoanalogico
YouTube:
https://www.youtube.com/user/omundoanalogico/featured
0 comentários:
Postar um comentário