A
quarta edição do Rock In Hell Do Campo já trazia em seu o lema, o bordão “Eu
Vou Descongelar” e foi o que aconteceu com as centenas de pessoas que puderam
presenciar um dos maiores festivais de Santa Catarina. O estado tem diversos
festivais e eventos que possuem em sua essência o velho espírito do underground
e do Rock/Metal, e assim foi o RHC.
Com
uma ampla estrutura e áreas destinadas para o camping, espaço kids,
gastronomia diversificada, exposição de vinis, vestuário, materiais e utensílios
antigos, o evento consolidou-se como um dos mais artísticos. Além desse
quesito, vale ressaltar o FutChop (torneio de headbangers bebuns afim do
profissionalismo choppeano), às excursões de cidades como Arroio Trinta, Lages
e Curitiba e a presença de novas pessoas.
Ah,
e falando na excursão de Lages, se realmente existe parceria, ela está
no Planalto Serrano. Quase trinta pessoas que novamente lotaram um micro-ônibus e foram
apoiar o underground catarinense. Nós estivemos juntos registrando, curtindo
e pegando a estrada com os “faca na bota” e sábado à tarde estacionamos na
cidade do Alto Vale do Itajaí.
Em
virtude de não coincidir os horários de chegada com o das apresentações da
sexta-feira à noite, ficamos impossibilitados de registrar as bandas Pragas do
Paiol de Dona Emma - SC e Overblack de Blumenau - SC que deram o pontapé inicial
ao evento.
Outro
ponto a ser devidamente lembrado e exposto são bandas que não estavam no
cast e presenciaram o Rock In Hell. Grupos como Acidemia, Juggernaut, Plunder, Blood Eyes,
Balboa’s Punch e Extrusora mostraram a união e coletividade, fatores que
deveriam estar presentes em todas as bandas.
As
mídias se encontraram e mutuamente registraram todos os momentos, ocasiões,
apresentações e manifestações artísticas contidas nessa edição. O Cultura em
Peso com Vanessa Boettcher, O Subsolo com Maykon Kjellin e nós da Urussanga
Rock Music fomos congratulados com a acessibilidade habitual dos
organizadores Tailana Furni Torres e Cleiton Falcãozinho que nos
disponibilizaram grandes condições para a realização do trabalho.
Enfim,
a destruição começou pontualmente com o Punk Rock da blumenauense Carcanhá que relembrou clássicos do Replicantes, Gritando HC e Garotos Podres, todavia reproduziram
todas as músicas contidas no EP “(Não Tenha) Políticos de Estimação”, o qual
vale destacar a música “É de Maracujá” muito bem aceita e cantada pelo público
presente.
Com
um repertório apenas de músicas cover, a Walkmen veio de Curitibanos – SC para
fazer releituras de grandes nomes do Rock noventista e oitentista.
A
Jhonny Bus de Lages incendiou o evento com Motorhëad, Iron Maiden e outros
grupos, porém a canção “Shadow Walker” foi uma das mais contagiantes, marcante na exibição dos músicos que contou com grandes moshes e rodas a cada riff.
Antes do próximo grupo subir aos palcos, os organizadores de festivais que compõe o UP Rock se reuniram para prestigiar o evento e divulgar os seus respectivos projetos. Lá estavam Denilson Luis Padilha e Nani Poluceno(Otacílio Rock Festival), Dorneles Pereira (Um Dia Livre Rock Festival), Larissa Giovanella (River Rock Festival), Marcos Valério (Iceberg Rock Festival) e Falcaozinho (Rock In Hell Do Campo)
Antes do próximo grupo subir aos palcos, os organizadores de festivais que compõe o UP Rock se reuniram para prestigiar o evento e divulgar os seus respectivos projetos. Lá estavam Denilson Luis Padilha e Nani Poluceno(Otacílio Rock Festival), Dorneles Pereira (Um Dia Livre Rock Festival), Larissa Giovanella (River Rock Festival), Marcos Valério (Iceberg Rock Festival) e Falcaozinho (Rock In Hell Do Campo)
Uma
das mais esperadas para essa edição foi a feed THE FREAK de Blumenau – SC, um
Metal apenas FREAK carregado de um visual sombrio e obscuro característico de
vilões anos 50 e 60. O repertório dos blumenauenses continha canções arrastadas,
mas ao mesmo tempo agressivas e uma performance sensacional. Mesmo diante de
alguns problemas relacionados com o técnico de som, puderam exprimir toda a
crueza e potencialidade através de suas canções autorais.
A
Tandra de Curitiba – PR recheou o evento de musicalidade nórdica, músicas
comuns entre os bebuns da Europa foram executadas, além do cover da canção “Vodka”
com participação de Douglas Sieves da Captain Cornelius. Os músicos expuseram “Open
The Bar”, canção própria que foi a abertura do Maniacs Metal Meeting e que
rendeu moshes e danças típicas.
O
grupo The Undead Manz investiu na estética e no visual, o que rendeu um
figurino gore e um som autoral singular recheado de Metal Industrial e Horror
Metal, a fusão dos dois estilos impressionou os headbangers e metalheads
presentes. Os criciumenses fizeram um repertório autoral notável, com destaque
para “Fearless”.
No
horário da 00:00, todos estavam presentes na Super Fogueira e lá viram uma apresentação
surreal de Tailana com pirofagias e danças à narração da história aterrorizante
de Dance Of Death do Iron Maiden. Aos poucos com o decorrer da peça, Cleiton
Falcãozinho ingressou e também movido pelo fogo deu início à queima da grande
cabeça de gado feita por madeiras e galhos que logo se inflamaram e personificaram
toda a magia por trás da melhor edição do festival.
Porém
o caos continuou no palco, a headliner Carniça com mais de 27 anos se
apresentava pela primeira vez no estado. O show foi destruidor do início ao
fim, a cada canção um riff com mais intensidade, solidez e celeridade. Os
músicos reproduziram músicas de todos os full lengths, porém focaram no último
lançado, o homônimo “Carniça” que expuseram seis canções e nelas puderam exibir
toda a evolução do grupo.
A
Hon-Ra de Caxias do Sul – RS seria a próxima a entrar em cena, todavia houve um
imprevisto com o baterista Rodrigo Zanella e isso impossibilitou o mesmo de estar
em Rio do Campo. Entretanto, é notável o profissionalismo dos músicos que mesmo
com as dificuldades de contato perante às linhas telefônicas, estiveram
presentes e divulgaram seus materiais e singles numa banca de merchs, além de
mostrarem todo o aparato e suporte para os organizadores.
A
Spiritual Devastion foi a segunda de Lages – SC a desgraçar o RHC, o power trio
divulgou diversas canções autorais e nelas facilmente deu para identificar o Thrash
e Speed Metal dos anos 80 e como consequência disso, as rodas e moshes monstruosos
eram de descongelar qualquer pessoa no evento, principalmente quando executaram
“Welcome To The War”.
O
encerramento da noite ficou por conta da Lacrimae Tenebris, assim como na
última edição, os curitibanos ficaram encarregados de extasiar os presentes na
madrugada com um Doom arrastado e técnico mesclando lirismo em suas canções
autorais, como “Casa dos Espelhos” em que recentemente foi divulgado um
videoclipe.
O
domingo começou cedo com um grande café da manhã, e o melhor, tudo de forma
gratuita. A Captain Cornelius que depois de uma refeição reforçada subiu ao
palco e apresentou novas releituras de canções clássicas irlandesas e celtas,
além de retribuir o favor e convidar para uma participação especial de uma
música do Alestorm, o vocalista da banda Tandra, Christopher Knop.
A
Dark New Farm veio de longe, lá do litoral sul para expor seu New Metal. O
quinteto reproduziu alguns covers, porém executaram as canções autorais “La Patria,
La Fabula” e “Madre” música esta que o baterista Maykon Kjellin fez um discurso
sobre a composição da letra que traz resquícios de uma agressão grave a mulher. A apresentação dos músicos foi marcada pela evolução sonora, vocais
mais ásperos de Harley e por um backing vocal mais clean de Sol Portella.
De
Lages – SC, a AbomiNação colocou tudo o que tinha e fez com que cada música
executada fosse uma catástrofe de empurrões, rodas e muvucas por parte dos
metalheads. As músicas já são conhecidas, destaque para “Tradicional Família
Brasileira”, “Cavalo de Troia” e “Deus Deligit Hominem” que trazem um Crossover
descomunal e para uma nova música que contém alguns beats de Rap.
A Norium fechou
o evento e os criciumenses tocaram clássicos do Power Metal, além de apresentar
sua música autoral “Sign Of The Times” lançada recentemente que conta com a
participação de Z (The Undead Manz).
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