Os mineiros do Cracked Skull
desde 2014 estão ativos na cena de Itaúna, representando através de um
Death/Thrash Metal toda a revolta contra o estado burguês vigente e as mazelas
determinadas pelo mesmo.
Inspirados por Voivod, Death,
Rush, Morbid Angel, Sepultura, Led Zeppelin, Frank Zappa, Nevermore, Krisiun e
Entombed resolveram difundir seu primeiro material, denominarado “Social
Disruption”. O full length contém nove canções e fora masterizado e mixado por
André Cabelo (Estúdio Engenho).
Apresentando um prelúdio
composto de sirenes e gritos que antecedem a primeira música, o álbum deixa
explícita a mensagem refutadora trazida pela banda. “Dark 1964” é um registro
das atrocidades ocorridas com o golpe de 64 e a instauração da Ditadura Militar
no país. Apresentando um instrumental técnico que varia entre riffs céleres e
ritmados, a faixa trata do desespero e estado de coerção vivido na época.
“Rise Up Revolution” é, além
de uma crítica a sociedade capitalista contemporânea, um convite a contestação
e revolta contra todo tipo de opressão e submissão causada pela mesma. A
temática se alia perfeitamente ao instrumental pesado e rápido, que solidifica a faixa.
O quarto título, “A Flame In The
Dark Ages” faz alusão a Idade Média, conhecida como “Idade das Trevas”. A faixa
menciona pensadores (tais como Galileu Galilei e Copérnico) que, através de
questionamentos, foram capazes de se sobressair em um período de retrocesso
científico. A sonoridade é determinada através de riffs sequenciais até a
entrada dos vocais ásperos de Clênio, a partir desse momento os solos
constantes personificam um refrão intenso.
A quinta canção “Misery Of Mind”
é a mais longa do disco. Uma das mais bem trabalhadas, tem seu início mais
cadenciado, e de maneira célere dá espaço a takes agressivos que mesclam por
um compassado sonoro. A composição ressalta de uma maneira direta a criação da
igreja e do sistema capitalista como falácias criadas para dominar o ser humano
e determinar sua conduta.
“Fascism” é um clássico do
grupo. A canção ganhou um clipe em 2016 que exibe com imagens e ilustrações
tudo o que ocorre com a Ucrânia e Síria, e o que os moradores das respectivas
nações enfrentam com o governo totalitário e austero. Esse chauvinismo é
explícito na letra que exibe as consequências das marcas do fascismo e a
ascensão dessa “Serpente Negra” que ganha forças com o apoio da mídia. O
instrumental relembra resquícios de groove mas intensifica riffs agressivos e
potenciais.
Uma sonoridade catastrófica
expõe “Selfish Gene” que mostra a velocidade característica do grupo. Nela há
de perceber uma crítica veemente às pessoas que de maneira narcisista e
egocêntrica buscam modificar a própria natureza visando a imortalidade.
A oitava faixa “Time Of
Ignorance” enfatiza a estupidez como fruto de uma sociedade guiada pelo capital
e altamente influenciada pelo sistema clérigo. Ela é mais curta, mantendo 02:54
min e possui riffs mais harmônicos e técnicos, o que a tornam uma das mais
lentas do “Social Disruption”.
Encerrando o disco, “Terrorism”
traz o desfecho da desgraça. Com um instrumental constante e rápido mantendo
uma coesão entre ambos, ela recorre em sua composição a fatores relacionados ao
pavor proeminente do poderio econômico estadunidense. Visto que o mesmo utiliza
o terrorismo, como ferramenta de lucro e até mesmo de coesão social.
A banda é composta por:
Clênio (Baixo e Vocal)
Tarciso (Guitarra)
Marco Túlio (Bateria)
Plataformas Virtuais:
Site: www.crackedskull.com.br
Facebook:
https://www.facebook.com/caveiraband/
Soundcloud:
https://soundcloud.com/cracked-skull-metal
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