A banda Megaluce recentemente
lançou em suas redes sociais o novo álbum “Cotidiano Abstrato”. O mesmo obteve
captação por Steffan Duarte no Fatboo Studios e foi produzido de maneira
independente.
O grupo lageano está na ativa
desde 2012 e traz consigo o desprendimento de covers e valorização do autoral,
o que é peculiar entre os integrantes. Eles mantém uma notável visibilidade na
cena catarinense e já difundiram três materiais, sendo estes o EP homônimo “Megaluce”,
“Tamborete Vanguarda” e “Desculpe Qualquer Coisa" (o qual recentemente obteve
matéria pela URM).
O novo disco contém uma capa que
remete a nostalgias e traços de objetos do dia-a-dia, como ouvir aquele disco
clássico seja The Beatles ou Cícero, tomar uma bebida para se esquentar e
desfrutar de fotos e ilustrações que nos impulsionam a adentrar em momentos singulares
e ímpares vivido somente uma vez. O full length expõe oito faixas autorais:
A primeira faixa “Já é Tarde” exibe
a introdução do material. O instrumental da mesma mostra um indie diferenciado,
meio britânico meio abrasileirado contendo resquícios de MPB em seu contexto. A
letra é caracterizada por crises existenciais viabilizadas através de opiniões
incertas sobre os fatos que acontecem.
“Elefante” é mais arrastada e
lenta, enfatiza solos harmônicos. Ela ressalta uma metáfora com o animal, já que enquanto o mamífero traz consigo sua inocência e liberdade, o humano se prende
a monotonia da rotina.
A terceira “Ondas”, possui um
instrumental técnico, coeso e cadenciado distribuído em riffs lentos e sólidos.
Ela enfatiza devaneios sentimentais, fazendo alusão às sinuosidades do
cotidiano.
Ah, o experimentalismo! Ele
deixa música com uma sutileza elegante e assim “É Só Você” ingressa-se, com
pitadas de romantismo na sonoridade. A sua composição apresenta a
personificação de uma vida simples e bela através de relatos de uma pessoa
apaixonada.
“Cabeça” possui uma
potencialidade em seus takes sonoros, além da constante presença de seus riffs
simétricos. A letra faz críticas às pessoas e a induzem a levantar pensamentos
indagadores e questionamentos acerca do que as envolvem, ou seja, a “Cabeça Não
É Só Para Usar Chapéu”.
“Retrato” exibe uma sonoridade
constante com elementos harmônicos, rítmicos e bem trabalhados. A faixa
proporciona ao ouvinte um gostinho de domingo à tarde, sendo sua composição
marcada pela rotina e o constante ócio.
A sétima canção é um clássico
do grupo, “Breu” foi a escolhida para ganhar um vídeo no Lages Garden Shopping
para o projeto Palco Aberto. Ela revela
uma sintonia e calma além da bela sincronia entre os integrantes, com o passo
do desenrolar da faixa, abre um diálogo a tornando a mais expressiva do álbum. Sua
letra ativa análises comportamentais, mostrando o breu como catalisador da tristeza
que insistentemente causa pensamentos autodestrutivos e suicidas.
Depois da música mais longa do
disco, o encerramento fica por conta de “Azul”. Violões lentos e uma atmosfera
vagarosa devidamente contribuem para a finalização do CD. A composição é
marcada pela delicadeza, melancolia e pela sinestesia ao trazer o azul, do “veneno”
mas também remete o mesmo tom do céu do Sul.
A banda é:
Alyson Medeiros (Guitarra e
Voz)
Guilherme Duarte (Guitarra e
Voz)
Gustavo Duarte (Bateria)
Marcus Outemane (Baixo)
Plataformas virtuais:
Facebook:
http://fb.com/megaluceoficial
Instagram:
http://instagram.com/megalucee
Soundcloud:
http://soundcloud.com/megaluce
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