Um dos festivais mais queridos
do Sul do país chega a sua 13° edição. O Otacílio Rock Festival tem como
costume proporcionar para seu público fiel, a grata hospitalidade e receptividade
do povo de Otacílio Costa, na Serra Catarinense.
Com um nome consagrado, o
evento já trouxe bandas como Master (EUA), Krisiun, Miasthenia, Ratos de Porão,
Shadowside, Violator, MX, Rhesthus além de outros grupos importantíssimos para
o cenário underground brasileiro.
O local para que isso aconteça
é a tradicional Fazenda Cambará, que por sua beleza, fácil acesso e ampla área
de camping, promove uma conexão ímpar com a natureza. Os organizadores Denilson Luís Padilha,
Elienai Souza e Nani Poluceno mostram que é preciso determinação, coragem e
garra para continuar a transpassar a mensagem do Metal/Rock ‘n’ Roll.
Para essa edição, os
headbangers foram contemplados com mais um dia de festival, a tão sonhada “sexta-feira”
passou a entrar no calendário do evento. Além disso, os presentes acompanharão
23 bandas nacionais e uma banda internacional, os norte-americanos do Whiplash.
Sexta-Feira
Já na sexta, os riosulenses da
Balboa’s Punch mesclarão o intenso Heavy Metal com pegadas alternativas de
Thrash Metal. O grupo está trabalhando no desenvolvimento de canções autorais e
conta com um videoclipe da canção “Paying With The Life” da banda catarinense
Rhesthus.
Uma das bandas mais notáveis
de Santa Catarina, a Pain Of Soul de Blumenau- SC é a segunda a se apresentar.
A banda exibe um Gothic/Doom Metal regado a letras melancólicas e solitárias que
retratam o vazio existencial. Os músicos têm duas demos lançadas, um single e
dois full lengths, o “The Cold Lament” e o “The Rustle Of The Leaves”. O show manterá
o misticismo habitual regado de riffs fúnebres.
A Raging War vem
gradativamente ganhando espaço no underground de SC. Depois de divulgar o primeiro
álbum, o homônimo “Raging War” bem aceito pela crítica, farão do evento uma
forma de maximizar seus trabalhos.
A lageana Conspiracy 666
agrega vários fatores, ou seja, traz um Black Metal com músicos experientes e
conhecidos do meio musical. O grupo tem como seu carro chefe, a música “My Soul
In Dressed In Ice”, a qual possibilitou um Ep de mesmo nome.
Ao encerrar da noite, a
Tressultor vem com um Thrash Metal carregado de letras de cunho de revolta e
contestatório. O grupo de São Bento do Sul possui dois materiais, as demos “Epidemia”
e “Cartel de Juarez”.
Sábado
No sábado, as atividades
começarão cedo, já que os bateristas Carlão Fernandes (Khrophus) e João Olivo
(Frade Negro) exibirão um workshop mostrando algumas técnicas de bateria. Porém,
logo em seguida, a Jhonny Bus de Lages- SC volta ao OTA para apresentar o Rock ‘n’
Roll habitual com algumas releituras de clássicos e com seu repertório autoral,
com destaque para a já conhecida, “Shadow Walker”.
A Rest In Chaos se denomina
como um “Trashcore”, a qual junta elementos do Trash Metal oitentista e das
linhas nova-iorquinas de Hardcore. O grupo florianopolitano conta com os
trabalhos “Worship Machines” e recentemente com o single “Look At Me”.
O terceiro grupo a subir ao
palco da Fazenda Cambará, é a Spiritual Devastation de Lages- SC. O grupo
recentemente divulgou o álbum “War And Peace” e contou com uma modificação em
sua formação, o baixista Henrique Pereira Nunes dá lugar à Thiago Tigre
(Mercenary Tales e Neófito).
São 15 anos de estrada com
dois full lengths divulgados, os renomados “Black Souls In The Abbys” e “The
Attack Of Damned”, assim a Frade Negro de Jaraguá do Sul - SC se mostra para os
presentes. O grupo de Heavy Metal é um dos mais notórios do estado e carrega
consigo a agressividade nos riffs e a potencialidade nos solos.
Formada em São José dos Campos-
SP, a Chaos Synopsis manterá os níveis de adrenalina dos headbangers nas alturas.
O Death/Thrash Metal será nítido nos moshes e rodas enquanto os músicos
estiverem no palco. Os paulistas já lançaram nove trabalhos, sendo quatro full
lengths, “Kvlt OV Dementia”, “Art Of Killing”, “Seasons Of Red” e recentemente “Gods
Of Chaos”.
A Posthumous é um dos grupos
mais antigos de SC. A banda foi formada em 1993 na cidade de Criciúma- SC e aos
poucos tomou conta do cenário de Death/Black Metal da época. Como consequência
disso, vieram duas demos e o preciosíssimo “My Eyes They Bleed”, eleito como um
dos melhores discos nacionais de 1999. No entanto, a banda passou por um hiato
e por algumas reformulações, e agora ao lado de R. Satan e R. Mutilator, estão
os novos integrantes João Vitor Accordi, Otávio Schönhofen e Duda Alves
(Somberland).
Tidas como uma das headliners do
evento, a Genocídio carrega uma trajetória enorme de conquistas e reconhecimento
no Metal Brasileiro. Os paulistanos possuem 17 materiais divulgados, sendo oito
discos, os quais cabe destaque os clássicos, Depression de 1990 “Posthumous” de
1996 e o último “Under Heaven None”.
Ás 21:00h, pela primeira vez
no Brasil, a Whiplash se apresentará. Os nervos dos metalheads estarão à flor
da pele porque os norte-americanos trarão seus maiores hits, como “Burning Of
Atlanta”, “Red Bomb”, “Stage Dive”, “Spit On Your Grave” e outras já conhecidas
pelos thrashers. Recentemente os músicos anunciaram contrato com a gravadora
Metal Blade Records e em breve estarão divulgando mais um trabalho, com a velha
agressividade, celeridade e brutalidade de sempre.
Inspirados na literatura, em
filmes de terror e em lendas urbanas, a Final Disaster de São Paulo – SP pretende
surpreender o público presente. Nessa semana os músicos divulgaram o hidromel
da banda, “a bebida dos deuses”, além dessa doce novidade, o grupo também
difundiu o clipe de “Dark Passenger”.
A Krucipha faz do seu som uma
mescla de elementos, seja no seu instrumental rico, no Groove Metal ou nas
composições recheadas de metáforas, revolta social e questões comportamentais.
O álbum “Inhuman Nature” foi lançado em 2017 e obteve críticas positivas,
várias resenhas e feedbacks acerca da técnica presente no mesmo.
A Carniça voltará pela segunda
vez em SC. Os músicos são originários de Novo Hamburgo e fundaram a banda no
ano de 1991, de lá pra cá foram 27 anos e 10 materiais divulgados, sendo cinco
demos, uma split e quatro full lengths, “Rotten Flesh”, “Temple’s Fall... Time
To Reborn”, “Nations Of Few” e o recente “Carniça”. Eles misturam em suas
composições temas sociopolíticos e obscuros mantendo em sua formação Mauriano
Lustosa (Vocal), Parahim Neto (Guitarra e Backing Vocal), Marlo Lustosa
(Bateria) e Vinicius Durli (Baixo).
Para encerrar a noite de
sábado, mais uma proveniente dos caminhos do Thrash Metal. A Angry de Mauá- SP carrega
em sua sonoridade influências de Slayer, Anthrax, Sepultura, Razor, Coroner,
Sodom, entre outros grupos. Com essas referências tangem um instrumental rápido
e célere, os quais é possível evidenciar no álbum “Future Chaos” de 2014.
Domingo
Depois de um longo sábado, os
headbangers vão conferir Xei & Sons In Black que será a primeira banda a se
exibir. O projeto é de autoria do produtor, compositor e vocalista Alexei Leão
(Stormental). O trabalho exibe uma roupagem a temas acústicos com uma aposta no
instrumental diferenciado através de uma miscelânea de estilos.
Com vasta experiência em
festivais, a Silent Empire é outra banda que regressa ao Otacílio Rock
Festival. O grupo já possui oito anos de estrada e carrega consigo dois
trabalhos, o Ep “Hail The Legions” e o disco “Dethronement Of All Icons”
divulgado no início de 2018. Um Death Metal sem firulas com gratas influências
de Gorefest, Terrorizer e Kreator.
A Witches Town é um projeto
que surgiu de músicos conhecidos, como Alexandre Ripper e Bruno Baldessari,
Rafael Rau e Wellington Conte que juntaram as influências de várias vertentes
do Metal e resolvera colocar em um projeto. A banda tem referências de Grave
Digger, Accept, Judas Priest, entre outros grupos.
Os camboriuenses da Syn TZ são
a sensação do Thrash Metal catarinense. Os músicos que compõem a banda são
experientes e provenientes de outras bandas de SC, então com esse entrosamento e
com o disco “Heavy Loud”, o grupo do litoral pretende surpreender os
headbangers.
Diretamente da capital de SC,
a Metal Gods fará um cover da lendária banda inglesa Judas Priest, trazendo
aquele gostinho do tradicional Heavy Metal ao evento.
A Legado Frontal irá expor seu
Metalcore, com suas referências vastas, indo de bandas nacionais a grupos
internacionais. Em seu repertório, o grupo mescla composições autorais e covers
e mostrará sua identidade no OTA.
Encerrando a edição de 2019 e
outra headliner do evento, a Hillbilly Rawhide representará o estado do Paraná
no fest. O grupo de Country Rock está na estrada há mais de 25 anos e traz
músicas que remetem a cultura local e a tradições de seus conterrâneos e
antepassados. A banda já tem lançado, vários trabalhos, mas consequentemente os
mais pedidos são do disco “Ramblin, Primitive and Outlaws” e do “F.N.M”.
0 comentários:
Postar um comentário