Nos dias 06, 07 e 08 de setembro, aconteceu na cidade de
Indaial- SC o River Rock Festival. O evento tradicional nos calendários do
Metal Catarinense contou com a presença de mais de 500 pessoas e participação
de trinta bandas, diversas mídias credenciadas, amplo espaço para camping, infraestrutura
diferenciada (chuveiros quentes, limpeza rotineira dos banheiros, diversidade
gastronômica, lojas de merchs) e uma paisagem natural que vai de encontro aos
propósitos do fest, “A Festa das Tribos”.
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Divulgação |
Com a companhia de uma mini excursão advinda de Lages- SC,
nós embarcamos para mais uma aventura nos festivais catarinenses. De Metal
Extremo, a Folk e a um Sertanejão Antigo, fomos conhecendo os municípios do
vale e nos deslocando para o evento. Às 00:00 min chegamos no Rota KM 66 e o
Ratos de Porão fazia sua apresentação.
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Ratos de Porão (SP) |
Lá no River, conhecemos nossas instalações, que consistia
numa sala de imprensa, com vários cartazes e divulgações do evento, além de um espaço
carinhosamente destinado pelo Adilson Frenzel para nos acomodarmos. Com dele,
há outros cinco integrantes da organização, sendo Adriano Ribeiro, Ariel
Frenzel, Larissa Giovanella, Regiane Santos e Valdecir Valda que durante o
festival cuidaram de todos os detalhes para que o mesmo fosse marcante, como as
edições anteriores.
Sexta-Feira
A primeira banda que vimos nos palcos foi a Pogo Zero Zero
de São José- SC. O grupo tem 'bala na agulha', já que celeridade e rapidez são
suas principais características.
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Pogo Zero Zero (SC) |
A noite
iria contar com a High Butcher, mas infelizmente por motivos pessoais os
paranaenses não puderam se apresentar. Com isso, a Cosmic Soul se exibiu e
trouxe um tributo à lendária banda de Metal, Death.
Sábado
Depois de duas entrevistas realizadas na noite de sexta, com Ratos de Porão e com PZZ, o
dia se encerrou e as atividades começaram por volta das 11 horas da manhã. A
Apócrifos reuniu músicos experientes, uma sonoridade díspar e um doom com
referências de várias vertentes do Metal.
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Apócrifos (SC) |
A Balboa’s Punch cada vez mais se consolida no cenário
catarinense. Os riosulenses apresentaram “Payng With The Life, um clássico da
banda Rhestus, suas músicas autorais e estão no desenvolvimento de um novo
videoclipe.
A 100 Dogmas fez uma apresentação recheada de músicas
autorais, tais como “Ansiedade”, “Genética”, “Resistência & Emilio Calandra”,
além de tocar “Walk” da banda Pantera, com participação especial de Alex Cole
(Homem Lixo).
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100 Dogmas (SC) |
A Obscurity Vision é um ícone do Metal Catarinense. Os
criciumenses carregam uma bagagem de 22 anos de carreira e o seu disco de
estreia “Dark Victory Day”. Além disso, os músicos apostam no visual artístico,
na sincronia das duas guitarras e no Black Metal cru, evidenciado através de
suas músicas próprias e de seu cover de Rotting Christ.
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Obscurity Vision (SC) |
Também proveniente do sul catarinense, a The Undead Manz
impressiona pela qualidade sonora, pelo visual peculiar e por suas temáticas
muito bem trabalhadas. O grupo permeia entre o Horror, o Industrial e o Modern
Metal, fugindo dos estereótipos e mesclando influências diversas a suas
canções.
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The Undead Manz (SC) |
Em uma conversa com Paulo Ricardo Silva (Imago Mortis), o
mesmo nos informou sobre os novos projetos do grupo, acerca do lançamento do
single “Black Widow” e da aventura de encarar 1200km para acompanhar o River
Rock Festival.
As mídias pouco a pouco se estabeleciam no evento e faziam
suas devidas coberturas, o Agenda Metal com Priscila Ramos e Raul Noering, o
Underground Extremo com Luiz Harley Caires, o Cultura em Peso através de
Jonathan Dino, O Subsolo com Sidney Oss Emer, o Som Pesado por Vagner Aguiar e Claudio
Tiberius com seu novo canal.
Ao decorrer do evento, as entrevistas foram acontecendo. Assim,
como as fotos e vídeos que fomos desenvolvendo, isso impossibilitou de acompanharmos
às bandas Gueppardo e o artista blumenauense Deny Bonfante.
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Gueppardo (RS) |
Uma das bandas que mais impressionou o público presente,
foi a Sinaya. O grupo de Death Metal agitou os headbangers do início ao fim,
mantendo intensidade, ferocidade e riffs rápidos a cada música. Não tinha lugar
para ficar parado e isso é uma das peculiaridades do grupo paulista, que com
sua nova formação mantiveram a mesma pegada e originalidade.
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Sinaya (SP) |
A Justabeli em sua entrevista já mencionava, “viemos para
trazer o caos, a guerra” e isso evidenciou em seu show. A banda bem postada no
palco reproduziu seus clássicos, “Cause the War Never Ends”, “Satan’s Whore”,
entre outros clássicos, além de manter o peso e agressividade habitual em suas
apresentações.
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Justabeli (SP) |
Com uma bagagem de 17 anos de estrada, três álbuns
divulgados, “Got Newz”, “Beyond The Rainbow” e “Sunshine”, a banda King Bird de
São Paulo trouxe o Hard Rock e o Rock n Roll tradicional, isso fez o clima
ficar mais cadenciado e os hits tomaram conta do público.
Um dos principais shows do River Rock 2019 foi protagonizado
pela Arandu Arakuaa. O grupo brasiliense mostrou que há Folk na América do Sul
e a representação disso, são suas apresentações icônicas. Com uma presença de
palco ímpar, com traços pintados no rosto e no corpo, músicas escritas em distintas
línguas nativas, a banda conquistou os metalheads. A sonoridade natural que ao
mesmo tempo, ingressa Metal Extremo e outras especificidades do estilo, contribuiu
para que quem ouvisse seu show criasse sua própria visão instrumental musical.
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Arandu Arakuaa (DF) |
O Up Rock (Coletivo de organizadores de festivais
catarinenses independentes) fora chamado ao palco para exporem seus respectivos
projetos e trabalhos. Lá estavam inclusos, o Agosto Negro (Danniel Bala), Demone
In Hell (Simone Demone), Iceberg Rock (Marcos Valério), Otacílio Rock Festival
(Nani Poluceno), River Rock Festival (Adilson Frenzel Bernardes e Adriano
Ribeiro) e Rock No Lago (Thomas Michel Antunes).
Uma das bandas mais importantes do Rio Grande Do Sul, a
Carcinosi foi uma das mais gratas surpresas do evento. Na tour de divulgação do
disco “Resumption”, o grupo fez uma catástrofe nos palcos do River Rock,
mostrando que os brasileiros são referências no assunto Death Metal e a cada
música tocada era um novo estrondo. Do início ao fim, percebi que experiência,
conhecimento técnico, humildade e brutalidade a personificam como um dos
pilares do Metal gaúcho.
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Carcinosi (RS) |
Em Santa Catarina, a Raging War cada vez mais finca seus
pés no cenário musical. Os brusquenses são experts em riffs rápidos, coesos e na
exposição do Thrash Metal sem firulas. “The Meaning” é a obra-prima do grupo
que carrega a solidez e a sonoridade ímpar que se intensifica no refrão.
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Raging War (SC) |
Encerrando a noite de sábado, a Overblack não se importou
com o horário e possibilitou alguns moshes de guerreiros à frente do palco. O
grupo blumenauense continuou com o Thrash Metal e finalizou o dia com muito
peso e agressividade.
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Overblack (SC) |
Vale ressaltar que muitas bandas compareceram, mesmo não estando no cast, tal fato personifica o profissionalismo e a valorização ao cenário independente. Alguns exeplos foram as bandas Alocer, Flesh Grinder, Imago Mortis, Impiedoso, Juggernaut, Rhestus, Somberland, Tandra, They Come Crawling, Verbal Attack, Volkmort, entre outros grupos.
Domingo
O domingo começou cedo e a Animus Ad Vindctam de Blumenau-
SC surpreendeu-nos, pois a cada música tocada, uma maneira diferente de
interpretar o som, como a canção “Iron Heart” que lembra muito Black Label
Society.
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AAV (SC) |
Em seguida, os lageanos da Plunder puderam exibir seu som.
O grupo conhecido pelo Heavy Metal com pitadas de Thrash se mostra cada vez
mais entrosado. Os vocais de Will Anjos caminham entre a coesão e a
naturalidade, assim como os riffs sólidos de Thomas, a sincronia no baixo de
Max e a brutalidade de Decão nas baquetas.
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Plunder (SC) |
A Dark New Farm foi a terceira banda a se apresentar.
Originários de Nova Fazenda- SC, o grupo fez com que seu New Metal entrasse
pelos tímpanos dos headbangers, de maneira clara e precisa. Suas principais
faixas,“L.O.V.E”, “Madre”, “La Patria, La Fabula” e “Hushaby” estiveram
presentes no setlist, além de outras inseridas no seu novo Ep e um cover da
música “Blind” do Korn. No show, os músicos contaram com a participação
especial de Sidney Oss Emer (Isla de La Muerte) que é amigo de longa data do .
grupo.
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Dark New Farm (SC) |
Quando se fala de Doom com qualidade e experimental, uma
banda vem à mente, a Lacrimae Tenebris de Curitiba- PR. Um som calcado em uma
sonoridade arrastada, em um visual estético peculiar e nas músicas que se
referem a melancolia e a realidade.
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Lacrimae Tenebris (PR) |
Enquanto estávamos almoçando, a No One Spoke de
Florianópolis- SC entrou no palco. O grupo contendo seis integrantes ingressou
um Rock Sinfônico clássico, o que reflete na postura dos membros, já que adotam
estilos característicos do gênero, e chama a atenção principalmente pela
presença do violino.
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No One Spoke (SC) |
O encerramento ficou por conta de duas bandas covers, a
Vermouth que mescla Hard Rock e Rock n Roll que trouxe clássicos do estilo e a
Cowboys From Rio, com um nome um tanto quanto sugestivo, esboçou hits da banda
Pantera através de seu estilo marcante.
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Vermouth (SC) |
Após o evento, os organizadores expuseram a confirmação
mais esperada. O River Rock Festival de 2020 contará com mais um dia. Isso
mesmo, “A Festa das Tribos” vai durar até segunda-feira, uma vez que o dia 07
de setembro cairá na respectiva data. Então, amante do Metal se prepare, marque
essa data na agenda, ajeite uma excursão, caia na estrada e venha para um dos
maiores festivais do Sul Brasileiro.
Parabéns pela grande cobertura, pela bela resenha do evento e todo o suporte às bandas como um todo e, em especial, a nós da Arandu Arakuaa!!! Que continuem fazendo este grande trabalho! ��
ResponderExcluirGrande cobertura para um grande evento! Parabéns Urussanga Rock Music e River Rock, produção impecável e otimas bandas!
ResponderExcluirGrande cobertura para um grande evento! Parabéns Urussanga Rock Music e River Rock, produção impecável e otimas bandas!
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