![]() |
Sick and Insane |
O material foi gravado nos períodos de agosto de 2019 e
fevereiro desse ano. O primeiro full length dos músicos conta com dez músicas e
foi mixado e masterizado por Victor “Xexel” Hormidas, no Texas Studio em
Brasília - DF. A produção se deu de maneira independente, e para o seu design e
arte, foi chamado o ilustrador Ricardo Bancalero.
Com 01:28 min, “Cynic” abre o disco sendo uma faixa
introdutória. Com simples dedilhadas de violão e totalmente instrumental, ela
contrasta com a pancadaria que surge a seguir. Sem mais delongas, “Adrenaline”
surge como um estrondo, ao complementar os riffs céleres ao solo descomunal no
meio da mesma. A letra esboça vícios e obsessões pela adrenalina, além de
enfatizar uma pessoa que não tem medo do perigo e vive sua vida de forma intensa.
A terceira faixa é “Brothers Of Death”. Ela começa com uma
sonoridade mais cadenciada, mas aos poucos ingressa-se ao caos, explícito
através da agressividade e potencialidade do instrumental. A letra expõe a
história de Frank e Billy, dois irmãos que decidem matar seus pais e depois
disso ficam ainda mais saciados pelo sangue e pela destruição.
“Time Of War” é uma das melhores do disco, indiscutivelmente.
Aqui os vocais são mais nítidos e a sonoridade insere riffs técnicos e solos
ímpares. A essência da canção é a guerra, tanto que possui trechos de discursos
de Hitler, durante sua reprodução.
A quinta faixa é a homônima “Sick and Insane”. Ela começa
com tons de Groove possibilitados pelos belos arranjos de Dinis e Mancha, e
rapidamente se converge à rapidez do instrumental. A composição casa muito bem com o momento
atual, com restrições à liberdade, poder nas mãos erradas e armadilhas que
condicionam ao comportamento de manada.
“Let Them Fall” é marcada pelos guturais firmes e ríspidos de
Emiliano. Consequentemente, outro ponto a destacar, é o fato da música evidenciar
uma eficaz distribuição sonora entre os instrumentos. Na letra, a hipocrisia, o
charlatanismo e a manipulação religiosa são temáticas centrais.
A canção “Final Experiment” é bem célere, e a violência dos
riffs, personifica o Thrash Metal, sem firulas nem frescuras. O experimento
final é justamente o resultado de todas as banalidades, imposições,
massificações e mentiras atribuídas a inocência humana.
Novamente “Frank” aparece e agora mais perturbado do que
nunca, vive de injustiças, traição da esposa e uma vida totalmente atordoada. O
peso da sonoridade e agressividade dos riffs se conectam muito bem com o
personagem principal da música.
Com 05:18 min, “Purgatory” é a faixa mais longa do full
length. O instrumental é mais trabalhado e mantém riffs harmônicos, isso faz
com que a canção seja a baladinha do álbum. Como é descrito na designação da
canção, o “purgatório” é uma metáfora com o mundo real.
Encerrando o disco, “Hate And Disgrace” quebra com o
estereótipo da última música ser lenta. Ela é rápida e possui uma alternância
no seu instrumental, que enfoca muito bem a sonoridade das duas guitarras,
tanto de Shakal quanto de Colonna. A
composição mostra a humanidade e suas mazelas, tudo aquilo que está impregnado,
na parte pior do ser humano.
O disco é um estrondo sonoro, consegue trazer mais
elementos ao Thrash Metal, como traços de Groove e também pinceladas de Speed
Metal. As letras possuem uma cronologia e são recheadas de críticas sociais
muito bem embasadas.
![]() |
Foto Divulgação |
Sobre a banda
A Mofo foi formada em 2010, na cidade de Brasília- DF. Com a
proposta de fazer um Thrash Metal cru, o grupo aos poucos foi se consolidando
no cenário candango. Em 2017, a banda divulgou seu primeiro trabalho, o Ep “Empire
Of Self-Regard”, que rendeu boas críticas frente à imprensa musical.
Formação Atual:
Emiliano Gomes (Vocal)
Rodrigo "Shakal" Loreto (Guitarra)
Arthur Colonna (Guitarra)
Pedro Dinis (Baixo)
João Paulo "Mancha" (Bateria)
Plataformas Virtuais:
Valeu demais, Guigo! Vc fez uma resenha completa dissecando o álbum!! Incrível e valeu por apoiar nossa banda e o Underground! 🤘 Parabéns a Urussanga Rock Música!! 👊
ResponderExcluirJoão Mancha! Abs!